Sampa com ou sem outdoor?
Passou com 38 votos contra 5 na Câmara de São Paulo um projeto que proíbe a instalação de outdoors na cidade e limita placas com nomes de estabelecimentos a 4 m². E já começou a discussão —de um lado, quem ganha dinheiro com isso; de outro, os urbanistas, gente que pensa um pouco além do bolso. Tem vereador tucano que diz que São Paulo não é Nova York (não?), o povo é alegre. E quem disse que publicidade e poluição visual dá alegria a alguém?
Minha primeira viagem a uma "cidade" fora da capital paulista foi para o Rio de Janeiro. A primeira coisa que noitei foi exatamente a capacidade de fruir a paisagem sem tanta interferência. Talvez a gente esteja tão acostumado ao bombardeio consumista que nem mais se questione sobre isso (ou saiba viver diferente).
E você? Consegue imaginar São Paulo sem outdoors?
4 comentários:
No carro, no caminho para o trabalho ou para uma festa, sempre me senti incomodada com o excesso de propaganda nas ruas de São Paulo. Além da poluição visual, o que por si só já é motivo suficiente para a proibição dos outdoors, ainda tem a distração que estas propagandas causam nos motoristas. Sou contra os outdoors e mais ainda contra os imensos telões e painéis luminosos espalhados na cidade mas acho que com a regulamentação certa e principalmente fiscalização podemos achar um meio termo entre a qualidade de vida dos paulistanos e os lucram com estas propagandas.
Outdoor, mais que lucrativo, é para alguns ícone de estilo de viver. Quem estudou arquitetura não deixa de recordar Robert Venturi e seu livro Aprendendo com Las Vegas, editado pela Casac&Naify http://www.cosacnaify.com.br/loja/detalhes.asp?codigo_produto=371&language=pt&showPromo=False. Precisamos levar em consideração o contexto em que o autor escreveu o livro, época da Pop Art, pós guerra, quando a reconstrução puramente funcional e racional das cidades estava em voga.
Excesso de informação visual, como a própria Laura disse, é inclusive perigosa para o trânsito. Já pensou ser multado por ler notícias em luminosos???
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Ainda mais quando o teor das notícias é completamente irrelevante...
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A propósito: como é a Legislação no Rio a esse respeito?
análise înteresante:
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp387.asp
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