7 de fev. de 2007

Quebra de paradigmas

É realmente louco pensar como um grego. Durante a leitura de um texto como Fédon, em que Sócrates discorre sobre a alma, fica claro como o éter o quanto vivemos sentados em uma espécie de inércia racional da era do cientificismo —se a ciência já provou, porque preciso pensar sobre isso?

A Terra é azul, certo? Certo mesmo? Hoje parece óbvio, mas já pensou como os homens pensavam há três ou quatro gerações, quando ninguém tinha conseguido "escalar os céus" para tirar uma foto de lá de cima? Por que a Terra é azul, ou você faz o seu trabalho da forma como o faz? Por quê?

"(...) quando afirmas que Símias é mais alto que Sócrates e mais baixo que Fédon, não afirmas ao mesmo tempo que em Símias se encontram a grandeza e a pequenês?", arguia o fundador da filosofia. O cidadão se põe a pensar coisas tão óbvias, mas que escapam aos olhos de quem, com o apertar de um botão, resolve a vida e perpetua paradigmas.

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