6 de dez. de 2006

Daslu à venda, Feliz Ano Novo!

Belíndia, a terra do ornitorrinco, tem algo a comemorar: 2007 começará com o templo imbecil do consumo Daslu à venda. Segundo a Gazeta Mercantil, com a imagem desgastada após sucessivas crises, a decisão da empresária (?) Eliana Tranchesi faz parte de um projeto de recuperação da empresa. Só faltam os interessados...

Vale lembrar: o grau de distância da proprietária da botique rendeu um título maravilhoso na Folha em setembro: Estou como criança deixando a Disney abruptamente, diz dona da Daslu. Como diz um companheiro de trabalho, "num país como o Brasil, isso é ofensivo".

E não?

6 comentários:

Anônimo disse...

Meeeeeeeeeeeeu, vc lembra quando a gente colocou a foto dela nos painéis de rua quando a bruaca foi presa?
SENSACIONAL!
A minha vingança contra o reino e a rainha da ostentação!
Uhuuuu!

Anônimo disse...

Eu nao tenho raiva da Fiat porque nao poso comprar uma ferrari. Tampouco tenho raiva do Ronaldo porque ele tem uma. Por que a raiva da loja? Por que voce nao pode comprar? Isso se chama inveja, e comum do ser humano, mas so faz mal a voce...

Francisco Madureira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francisco Madureira disse...

Pois é, meu caro anônimo. Eu também não tenho raiva da Fiat porque não posso comprar uma Ferrari. Tenho raiva da Fiat porque ela coloca um carro dito "popular" no mercado a R$ 22.000. Enquanto isso, uma Renault da vida consegue produzir carros utilitários como uma S-10 na Rússia a US$ 4.000... isso é inveja? Talvez. Só não consigo é me sentir confortável com contrastes tão grandes. Porque indiferença, essa sim, faz mal prum monte de gente. Será que também a você?

Anônimo disse...

Acho bom lembrar que automoveis no Brasil sao muito mais caros que o mesmos no exetrior (Cherokee é carro familiar nos EUA, nao carro de rico, como aqui, p. ex.)Enfim. O custo de producao de uma industria depende de uma serie de variaveis, internas, de administracao e conducao do negocio, e externas, tais como custos trabalhistas e fiscais (e até infra estrutura, tipo estradas e ferrovias que nao temos)e, é claro, uma das leis que move o mercado: produza mais, com menos custo e voce tera lucro!. A Russia, ainda que nao tenha trabalho semi escravo como na China (pais que nivela por baixo), possui um custo de producao muito barato. Qual o problema em se procurar lucro? Fiat e Renault sao empresas, com acionistas e empregados com participacao. Nao sao entidades beneficentes.

Nao sou indiferente e faco minha parte para um mundo melhor. nao faco doacoes de tempo ou dinheiro apenas no Natal, por exemplo. O que me incomoda sao pessoas que falam sobre indiferenca e desigualdade mas nada fazem para melhorar o mundo em que vivem ou suas proprias vidas.

Reclamar e invejar outros que tem mais, nao ter ambicao suficiente para ter mais e lutar por emprego melhor, por melhor salario e por melhor formacao educacional e de carater, sao atitudes que devem passar indiferentes para outros sim.

Francisco Madureira disse...

Car@,
Obrigado por retornar ao tema, sempre tão válido.
Concordo com seus argumentos, bem lúcidos aliás. E louvável a iniciativa de "fazer a nossa parte".
O que me pego pensando às vezes, no entanto, é que essa tal de "ambição suficiente" a que você se refere é um pouco distorcida em nossos dias. Muitas vezes ela não está direcionada a um "mundo melhor", mas a um "meu bolso melhor". O lucro, cabe lembrar, é fruto de uma linha de pensamento que se formou nos últimos séculos e estruturou a sociedade como a gente conhece. "Qual o problema em se procurar lucro?"... interessante a pergunta. Se me permite, emendo outra: "Como seria uma sociedade que não buscasse?", ou "Será que a busca do lucro é a única forma de organizar uma sociedade?".
Apesar dos avanços da ciência e da tecnologia, desfrutá-los é uma questão de "produza mais, com menos custo". Então subjulgamos nossa criatividade, nossa sensibilidade, nosso talento à mera força produtiva e lei de oferta e procura. O que não tem "potencial de mercado" simplesmente não aparece, mesmo que seja bom. Que há além disso no mundo que a gente ainda não conseguiu entender ou criar?
Se propor um pensamento assim é inveja, caríssim@, sou sim, muito invejoso e reclamão.
Abraço e boas festas,
Francisco