6 de jun. de 2007

La Gisele e a criação de marcas

Apesar do caráter meramente lúdico, conversas de homens durante a cerveja pós-trabalho (também conhecida por hora feliz) ou o almoço podem ser extremamente filosóficas. Depende, claro, do ponto de vista sobre a plenitude ou a vacuidade do copo.

Há algum tempo conversávamos alguns colegas de trabalho sobre o que dizem de você pelos corredores. E sobre como é possível moldar o que dizem pelo simples espalhar de boatos.

A teoria era a seguinte: você começa, pianíssimo, a espalhar por aí que já ficou com todas as mulheres/homens (depende do seu gênero e de seu sexo) mais interessantes de um lugar. À medida que o marketing viral começa a funcionar, quando a informação chegar a alguém que ainda não foi seu objeto sexual, certamente vai causar contrariedade. A pessoa vai se sentir desinteressante. É a exploração da necessidade social pela marca ("Stilo: ou você tem, ou você não tem", não é mesmo? Eu, por exemplo, não tenho).

A partir daí, então, o efeito "Desperate Housewives" fala mais alto, e sua marca, então, prova seu poder: tenha certeza de que ela/ele vai lhe procurar para fazer parte da lista.

Não me recordo o nível do copo em tal dia. Mas observando um álbum de fotos do desfile de Gisele Bündchen no Fashion Rio, esta semana, foi inevitável lembrar do processo de construção de marcas. Gisele é modelete, como qualquer outra. Magra. Esquálida. Tem sua beleza, assim como dezenas de outras mulheres com quem você cruza todo dia.

Mas há algum tempo, sua marca vem sendo construída. Algum spin doctor da moda (ou da imprensa pseudoespecializada, o que é pior) soltou o primeiro: "nossa, que mulher". E aí o marketing viral começa. Vira capa de revista. E capas de revista, car@, mentem.


Tudo isso para dizer: como alguém acredita que Gisele tem peitos?

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